Correlação entre vulnerabilidade social e óbitos por neoplasia maligna do colo do útero: região norte brasileira
Resumo
O câncer de colo do útero é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil, com prevalência notável na região Norte, onde a doença apresenta taxas de mortalidade elevadas entre mulheres. Este estudo analisa a correlação entre o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e as taxas de mortalidade por câncer de colo do útero nos estados dessa região, visando compreender como diferentes níveis de vulnerabilidade social influenciam esses desfechos. Utilizou-se um estudo ecológico do tipo analítico, com dados agregados obtidos do Sistema de Informação da Mortalidade (SIM/DATASUS) e do Atlas de Vulnerabilidade Social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), considerando o período de 2000 a 2010. A análise estatística foi realizada pelo coeficiente de correlação de Pearson. Os resultados indicam que os estados com maior IVS, como Amazonas e Pará, apresentam taxas de mortalidade mais elevadas, sugerindo que fatores socioeconômicos, como acesso limitado à infraestrutura de saúde, baixa escolaridade e rendas menores, influenciam a mortalidade. O desvio padrão de 0,16 nas taxas de mortalidade sugere uma relativa homogeneidade entre os estados, embora haja variações notáveis, com o Amazonas alcançando a maior taxa (0,61 por 100 mil habitantes). A correlação moderada (r = 0,44) entre o IVS e a mortalidade reforça a influência da vulnerabilidade social, embora outros fatores também contribuam. Este estudo evidencia a necessidade de políticas públicas que priorizem regiões vulneráveis e ampliem o acesso a cuidados preventivos e de diagnóstico precoce. As descobertas sugerem que intervenções baseadas em indicadores de vulnerabilidade social podem reduzir as desigualdades em saúde e diminuir a mortalidade por câncer de colo do útero, contribuindo para um acesso mais equitativo à saúde.
Palavras-chave: políticas públicas; câncer de colo uterino; condicionantes sociais em saúde.
Abstract
Cervical cancer is one of the biggest public health challenges in Brazil, with notable prevalence in the North region, where the disease has high mortality rates among women. This study analyzes the correlation between the Social Vulnerability Index (SVI) and cervical cancer mortality rates in the states of this region, aiming to understand how different levels of social vulnerability influence these outcomes. An ecological analytical study was used, with aggregated data obtained from the Mortality Information System (SIM/DATASUS) and the Social Vulnerability Atlas of the Institute for Applied Economic Research (IPEA), considering the period from 2000 to 2010. Statistical analysis was performed using Pearson's correlation coefficient. The results indicate that states with higher IVS, such as Amazonas and Pará, have higher mortality rates, suggesting that socioeconomic factors, such as limited access to health infrastructure, low education and lower incomes, influence mortality. The standard deviation of 0.16 in mortality rates suggests relative homogeneity between states, although there are notable variations, with Amazonas achieving the highest rate (0.61 per 100,000 inhabitants). The moderate correlation (r = 0.44) between IVS and mortality reinforces the influence of social vulnerability, although other factors also contribute. This study highlights the need for public policies that prioritize vulnerable regions and expand access to preventive care and early diagnosis. The findings suggest that interventions based on social vulnerability indicators can reduce health inequalities and reduce cervical cancer mortality, contributing to more equitable access to healthcare
Keywords: socioeconomic factors; quality of life; health promotion; elderly.
Resumen
El cáncer de cuello uterino es uno de los mayores desafíos de salud pública en Brasil, con notable prevalencia en la región Norte, donde la enfermedad tiene altas tasas de mortalidad entre las mujeres. Este estudio analiza la correlación entre el Índice de Vulnerabilidad Social (IVS) y las tasas de mortalidad por cáncer de cuello uterino en los estados de esta región, con el objetivo de comprender cómo los diferentes niveles de vulnerabilidad social influyen en estos resultados.Se utilizó un estudio analítico ecológico, con datos agregados obtenidos del Sistema de Información sobre Mortalidad (SIM/DATASUS) y del Atlas de Vulnerabilidad Social del Instituto de Investigaciones Económicas Aplicadas (IPEA), considerando el período de 2000 a 2010. El análisis estadístico se realizó mediante Coeficiente de correlación de Pearson. Los resultados indican que los estados con un IVS más alto, como Amazonas y Pará, tienen tasas de mortalidad más altas, lo que sugiere que factores socioeconómicos, como el acceso limitado a la infraestructura de salud, la baja educación y los menores ingresos, influyen en la mortalidad. La desviación estándar de 0,16 en las tasas de mortalidad sugiere una relativa homogeneidad entre estados, aunque existen variaciones notables, siendo Amazonas la que alcanza la tasa más alta (0,61 por 100.000 habitantes). La correlación moderada (r = 0,44) entre SVI y mortalidad refuerza la influencia de la vulnerabilidad social, aunque también contribuyen otros factores. Este estudio destaca la necesidad de políticas públicas que prioricen las regiones vulnerables y amplíen el acceso a la atención preventiva y al diagnóstico temprano. Los hallazgos sugieren que las intervenciones basadas en indicadores de vulnerabilidad social pueden reducir las desigualdades en salud y reducir la mortalidad por cáncer de cuello uterino, contribuyendo a un acceso más equitativo a la atención médica.
Palabras clave: políticas públicas; cáncer de cuello uterino; condiciones sociales en salud.
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