Uma análise crítica sobre emprego estratégico do futebol pelos estados como artifício de “sportswashing” e suas implicações na transgressão dos direitos fundamentais no contexto da Copa do Mundo FIFA Catar 2022
DOI:
https://doi.org/10.22169/cadjud.v7n2.3358Resumo
O artigo apresentará uma análise crítica sobre o emprego estratégico do futebol, pelos Estados, como artifício de “sportswashing”, focando suas implicações na transgressão dos direitos fundamentais durante a Copa do Mundo FIFA Catar 2022, destacando a complexa interação entre esporte, política e Direitos Humanos, utilizando o referido evento como estudo de caso paradigmático. O intuito desta pesquisa é responder ao seguinte questionamento: de que maneira a adoção do futebol como instrumento de “sportswashing”, por parte dos Estados, se relaciona com a potencial violação dos Direitos Humanos, especialmente durante a realização da Copa do Mundo FIFA Catar 2022. Desse modo, o objetivo geral do presente estudo é analisar as implicações dessa estratégia estatal, especialmente no que diz respeito aos direitos fundamentais. Como objetivos específicos temos a análise das estratégias estatais de “sportswashing” na Copa do Mundo FIFA Catar 2022, a avaliação das implicações nas condições laborais dos trabalhadores envolvidos no evento, o papel das organizações esportivas internacionais na regulamentação dessas práticas e as respostas de organizações não governamentais e movimentos sociais frente a essa problemática. A metodologia tem abordagem qualitativa, baseada em pesquisa documental e bibliográfica, analisando trabalhos acadêmicos consolidados, bem como fontes primárias como reportagens e legislação. A possível conclusão destaca a clara violação dos Direitos Humanos decorrente do “sportswashing” durante a Copa do Mundo FIFA Catar 2022, ressaltando a urgência de medidas eficazes para assegurar o respeito aos direitos fundamentais durante megaeventos esportivos. Essas reflexões evidenciam a necessidade de uma abordagem ética e legal para lidar com as complexidades envolvidas na relação entre esporte, política e Direitos Humanos em um contexto global.
Palavras-chave: direitos humanos; sportswashing; copa do mundo FIFA Catar 2022.
Abstract
This article presents a critical analysis of the strategic use of football by states as a tool of sportswashing, focusing on its implications for the violation of fundamental rights during the FIFA World Cup Qatar 2022. It highlights the complex interaction between sports, politics, and human rights, using the event as a paradigmatic case study. The aim of this research is to answer the following question: how does the adoption of football as a sportswashing instrument by states relate to the potential violation of human rights, especially during the FIFA World Cup Qatar 2022? Thus, the general objective of this study is to analyze the implications of this state strategy, particularly regarding fundamental rights. The specific objectives include analyzing state sportswashing strategies during the FIFA World Cup Qatar 2022, assessing the impact on labor conditions of workers involved in the event, examining the role of international sports organizations in regulating such practices, and evaluating the responses of non-governmental organizations and social movements to this issue. The methodology follows a qualitative approach, based on documentary and bibliographic research, analyzing consolidated academic works as well as primary sources such as news reports and legislation. The expected conclusion highlights the clear violation of human rights resulting from sportswashing during the FIFA World Cup Qatar 2022, emphasizing the urgency of effective measures to ensure respect for fundamental rights during mega sporting events. These reflections underscore the need for an ethical and legal approach to address the complexities involved in the relationship between sports, politics, and human rights in a global context.
Keywords: human rights; sportswashing; FIFA World Cup Qatar 2022.
Resumen
El artículo presenta un análisis crítico sobre el uso estratégico del fútbol por parte de los Estados como herramienta de sportswashing, centrándose en sus implicaciones en la transgresión de los derechos fundamentales durante la Copa Mundial de la FIFA Catar 2022. Se destaca la compleja interacción entre deporte, política y derechos humanos, utilizando dicho evento como estudio de caso paradigmático. El objetivo de esta investigación es responder a la siguiente pregunta: ¿de qué manera la adopción del fútbol como instrumento de sportswashing por parte de los Estados se relaciona con la posible violación de los derechos humanos, especialmente durante la realización de la Copa Mundial de la FIFA Catar 2022? Así, el objetivo general del presente estudio es analizar las implicaciones de esta estrategia estatal, particularmente en lo que respecta a los derechos fundamentales. Entre los objetivos específicos se encuentran el análisis de las estrategias estatales de sportswashing en la Copa Mundial de la FIFA Catar 2022, la evaluación de las implicaciones en las condiciones laborales de los trabajadores involucrados en el evento, el papel de las organizaciones deportivas internacionales en la regulación de estas prácticas y las respuestas de organizaciones no gubernamentales y movimientos sociales frente a esta problemática. La metodología adopta un enfoque cualitativo, basado en investigación documental y bibliográfica, analizando trabajos académicos consolidados, así como fuentes primarias como reportajes y legislación. La posible conclusión destaca la clara violación de los derechos humanos derivada del sportswashing durante la Copa Mundial de la FIFA Catar 2022, subrayando la urgencia de medidas eficaces para garantizar el respeto a los derechos fundamentales durante los megaeventos deportivos. Estas reflexiones evidencian la necesidad de un enfoque ético y legal para abordar las complejidades involucradas en la relación entre deporte, política y derechos humanos en un contexto global.
Palabras clave: derechos humanos; sportswashing; Copa Mundial de la FIFA Catar 2022.
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