EDUCAÇÃO E MATEMÁTICA FINANCEIRA: DIFERENÇAS, INTERSECÇÕES E IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO EDUCACIONAL BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.22169/cadernointer.v14n52.3607Resumo
Este artigo tem como objetivo diferenciar conceitualmente a educação financeira da matemática financeira, destacando suas intersecções e implicações no contexto educacional brasileiro. A partir de uma abordagem qualitativa, baseada na análise documental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e em materiais didáticos produzidos pelo autor, identifica-se que a matemática financeira, embora essencial, tem caráter técnico e instrumental, enquanto a educação financeira constitui uma abordagem formativa, ética e interdisciplinar voltada à cidadania e à autonomia dos estudantes. A análise revela que, embora a BNCC reconheça a educação financeira como tema transversal, sua implementação pedagógica ainda é limitada e fragmentada. O estudo propõe que a articulação entre essas duas abordagens pode fortalecer o letramento financeiro crítico, desde que sustentada por formação docente adequada e recursos didáticos integradores.
Palavras-chave: educação financeira; matemática financeira; BNCC; currículo escolar; cidadania econômica.
Abstract
This article aims to conceptually differentiate financial education from financial mathematics, highlighting their intersections and implications within the Brazilian educational context. Based on a qualitative approach, through document analysis of the National Common Curricular Base (BNCC) and teaching materials produced by the author, it is identified that financial mathematics, although essential, has a technical and instrumental nature, while financial education constitutes a formative, ethical, and interdisciplinary approach aimed at citizenship and student autonomy. The analysis reveals that although the BNCC recognizes financial education as a cross-cutting theme, its pedagogical implementation remains limited and fragmented. The study proposes that articulating these two approaches can strengthen critical financial literacy, provided it is supported by adequate teacher training and integrative teaching resources.
Keywords: financial education; financial mathematics; BNCC; school curriculum; economic citizenship.
Resumen
Este artículo tiene como objetivo diferenciar conceptualmente la educación financiera de la matemática financiera, destacando sus intersecciones e implicaciones en el contexto educativo brasileño. A partir de un enfoque cualitativo, basado en el análisis documental de la Base Nacional Común Curricular (BNCC) y en materiales didácticos producidos por el autor, se identifica que la matemática financiera, aunque esencial, tiene un carácter técnico e instrumental, mientras que la educación financiera constituye un enfoque formativo, ético e interdisciplinario orientado a la ciudadanía y a la autonomía de los estudiantes. El análisis revela que, aunque la BNCC reconoce la educación financiera como un tema transversal, su implementación pedagógica sigue siendo limitada y fragmentada. El estudio propone que la articulación entre estos dos enfoques puede fortalecer la alfabetización financiera crítica, siempre que esté respaldada por una formación docente adecuada y recursos didácticos integradores.
Palabras clave: educación financiera; matemática financiera; BNCC; currículo escolar; ciudadanía económica.
Downloads
Referências
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal.pdf. Acesso em: 03 jun. 2025.
BRASIL. Decreto n.º 7.397, de 22 de dezembro de 2010. Institui a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, dispõe sobre a sua gestão e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, v. 147, n. 245, p. 7, 23 dez. 2010. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=23/12/2010&jornal=1000&pagina=1&totalArquivos=8. Acesso em: 03 jun. 2025.
BRASIL. Resolução n.º 7, de 14 de dezembro 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, v. 147, n. 239, p. 34-37, 15 dez. 2010. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=15/12/2010&jornal=1&pagina=34&totalArquivos=232. Acesso em 23 mai. 2025
BRASIL. Banco Central do Brasil. Orientação para educação financeira nas escolas. Brasília: ENEF, 2012. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/pre/pef/port/Estrategia_nacional_Educacao_Financeira_ENEF.pdf. Acesso em: 23 mai. 2025.
GIORDANO, C. C.; ASSIS, M. R. S.; COUTINHO, C. Q. S. A Educação Financeira e a Base Nacional Comum Curricular. Em Teia: Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, [s. l.], v. 10, n. 3, 2019. DOI: https://doi.org/10.36397/emteia.v10i3.241442. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/emteia/article/view/241442. Acesso em: 03 jun. 2025.
OCDE. PISA 2015 Results: Students’ Financial Literacy. Paris: OECD Publishing, 2016. Disponível em: https://www.oecd.org. Acesso em: 15 maio 2025.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Guilherme Augusto Pianezzer, Elzério da Silva Junior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.