OS DESAFIOS DA APRENDIZAGEM NA TERCEIRA IDADE
DOI:
https://doi.org/10.22169/cadernointer.v14n53.3656Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar os principais desafios enfrentados por pessoas idosas no processo de aprendizagem, bem como identificar estratégias psicopedagógicas que favoreçam a inclusão e o desenvolvimento contínuo desse público. Diante do aumento da longevidade e da necessidade de promover o envelhecimento ativo, a aprendizagem na terceira idade torna-se uma ferramenta importante para a qualidade de vida, autonomia e bem-estar dos idosos. A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, com base em autores da psicopedagogia, da gerontologia e da educação inclusiva, além de documentos e dados oficiais sobre envelhecimento no Brasil. Foram analisados aspectos cognitivos, emocionais e sociais que influenciam o processo de aprendizagem na terceira idade, como as alterações na memória, o preconceito etário, o isolamento social e as limitações físicas. Os resultados indicaram que, embora existam obstáculos significativos, os idosos mantêm potencial de aprendizagem quando expostos a metodologias adequadas, que respeitem seus ritmos e valorizem sua experiência de vida. A atuação psicopedagógica mostrou-se fundamental nesse processo, propondo estratégias que estimulam a neuroplasticidade, fortalecem a autoestima e promovem ambientes acolhedores e motivadores. Conclui-se que a aprendizagem na terceira idade não é apenas possível, mas necessária, e que a psicopedagogia exerce papel essencial na construção de práticas educativas mais inclusivas, humanizadas e eficazes para esse público. Espera-se que este trabalho contribua para o aprofundamento da compreensão das especificidades do processo de aprendizagem na terceira idade, oferecendo subsídios para a atuação psicopedagógica com intervenções mais eficazes e adequadas às necessidades cognitivas, emocionais e sociais da população idosa.
Palavras-chave: aprendizagem; terceira idade; psicopedagogia; envelhecimento; inclusão.
Abstrat
This paper aims to analyze the main challenges faced by elderly individuals in the learning process, as well as to identify psychopedagogical strategies that promote inclusion and continuous development for this population. Given the increase in longevity and the need to promote active aging, learning in old age becomes an important tool for quality of life, autonomy, and well-being. The methodology adopted was qualitative bibliographic research, based on authors in psychopedagogy, gerontology, and inclusive education, in addition to official documents and data on aging in Brazil. Cognitive, emotional, and social aspects that influence the learning process in old age were analyzed, such as memory changes, ageism, social isolation, and physical limitations. The results indicated that, although there are significant obstacles, elderly individuals retain learning potential when exposed to appropriate methodologies that respect their pace and value their life experience. Psychopedagogical action proved to be fundamental in this process, proposing strategies that stimulate neuroplasticity, strengthen self-esteem, and promote welcoming and motivating environments. It is concluded that learning in old age is not only possible but necessary, and that psychopedagogy plays an essential role in building more inclusive, humanized, and effective educational practices for this audience. It is hoped that this work contributes to a deeper understanding of the specificities of the learning process in old age, offering support for psychopedagogical action with more effective interventions tailored to the cognitive, emotional, and social needs of the elderly population.
Keywords: learning; old age; psychopedagogy; aging; inclusion.
Resumen
Este trabajo tiene como objetivo analizar los principales desafíos que enfrentan las personas mayores en el proceso de aprendizaje, así como identificar estrategias psicopedagógicas que favorezcan la inclusión y el desarrollo continuo de este público. Ante el aumento de la longevidad y la necesidad de promover el envejecimiento activo, el aprendizaje en la tercera edad se convierte en una herramienta importante para la calidad de vida, la autonomía y el bienestar de los ancianos. La metodología adoptada fue la investigación bibliográfica de carácter cualitativo, basada en autores de la psicopedagogía, la gerontología y la educación inclusiva, además de documentos y datos oficiales sobre el envejecimiento en Brasil. Se analizaron aspectos cognitivos, emocionales y sociales que influyen en el proceso de aprendizaje en la tercera edad, como los cambios en la memoria, el prejuicio etario, el aislamiento social y las limitaciones físicas. Los resultados indicaron que, aunque existen obstáculos significativos, los ancianos mantienen su potencial de aprendizaje cuando se les expone a metodologías adecuadas que respeten sus ritmos y valoren su experiencia de vida. La actuación psicopedagógica se mostró fundamental en este proceso, proponiendo estrategias que estimulan la neuroplasticidad, fortalecen la autoestima y promueven ambientes acogedores y motivadores. Se concluye que el aprendizaje en la tercera edad no solo es posible, sino necesario, y que la psicopedagogía desempeña un papel esencial en la construcción de prácticas educativas más inclusivas, humanizadas y eficaces para este público. Se espera que este trabajo contribuya a profundizar la comprensión de las especificidades del proceso de aprendizaje en la tercera edad, ofreciendo subsidios para la actuación psicopedagógica con intervenciones más eficaces y adecuadas a las necesidades cognitivas, emocionales y sociales de la población anciana.
Palabras clave: aprendizaje; tercera edad; psicopedagogía; envejecimiento; inclusión.
Downloads
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS FACULDADES (ABRAFI). Relatório anual de atividades. São Paulo: ABRAFI, 2022. Disponível em: https://www.abrafi.org.br. Acesso em: 14 out. 2025.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 2011.
BATISTA, C. G.; ENUMO, S. R. F. Desenvolvimento humano e impedimentos de origem orgânica: o caso da deficiência visual. In: NOVO, H. A.; MENANDRO, M. C. S. (Org.). Olhares diversos: estudando o desenvolvimento humano. Vitória: UFES/PPGP/Capes/Proin, 2000. p. 157-174.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.
BOSSA, N. A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
CELLARD, A. A Análise Documental. In: POUPART, J. et al. (Orgs.) A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
COSTA NORTE. Ensino superior na terceira idade ajuda a economia e colabora para melhorar a vida dos idosos. ABRAFI, 30 jun. 2022. Disponível em: https://www.abrafi.org.br/index.php/site/noticiasnovo/ver/5540/educacao-superior. Acesso em: 07 out. 2025.
FERRARI, M. A. C.; ALVARENGA, C. M. R. A. M. Estimulação cognitiva na terceira idade. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 8, n. 2-3, p. 62–66, 1997. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.rto.1997.224814. Disponível em: https://revistas.usp.br/rto/article/view/224814. Acesso em: 07 out. 2025.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GIL. A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
INOUYE, K. et al. Efeito da Universidade Aberta à Terceira Idade sobre a qualidade de vida do idoso. Educação & Pesquisa, [s. l.], v. 43, p. e143488, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634201708142931. Disponível em: https://revistas.usp.br/ep/article/view/143488. Acesso em: 07 out. 2025.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Indicadores e estatísticas socioeconômicas. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. Disponível em: https://www.ibge.gov.br. Acesso em: 14 out. 2025.
LIMA, A. M.; GUIMARÃES, R. C. Educação e envelhecimento: desafios e possibilidades. Revista Kairós, São Paulo, v. 22, n. 1, 2019. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/issue/archive. Acesso em: 14 out. 2025.
LONDERO, S. Experiência de atendimento psicopedagógico a idosos, com tecnologia, na pandemia. Revista Psicopedagogia, São Paulo, v. 38, n. 117 Supl. 1, p. 84-89, 2021. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v38n117s1/10.pdf. Acesso em: 14 out. 2025.
MARCONI. M. A. LAKATOS. E. M. Fundamentos de metodologia científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
MEC. Mapa do Ensino Superior no Brasil. Brasília: Semesp, 2021.
NERI, A. L. Qualidade de vida na velhice: enfoque multidisciplinar. Campinas: Alínea, 2014.
OLIVEIRA, D. B.; WANDERBROOCKE, A. C. N. S. Caracterização das universidades abertas da Terceira Idade. Revista Kairós-Gerontologia, [s. l.], v. 24, n. 1, p. 715 737, 2021. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2021v24i1p715-737. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/46407. Acesso em: 07 out. 2025.
OLIVEIRA, M. K. Educação e envelhecimento: saberes em movimento. São Paulo: Paulinas, 2012.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Relatório mundial de saúde. Genebra:
OMS, 2021. Disponível em: https://www.who.int. Acesso em: 14 out. 2025.
SILVA, A. T. D.; SILVA, F. M.; ROCHA, R. A. Onde estão a UNTI das universidades públicas federais do brasil. 17 f. 2017. Dissertação (Mestrado) — Universidade Nacional de Mar del Plata, Argentina (mar del Plata), 2017. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/181218/101_00171.pdf?sequ. Acesso em: 12 ago. 2019.
VIGITEL BRASIL. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 14 out. 2025.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Janice Mendes, Sra, Sra

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
